Sonho para realizar em 2010

Amigos e amigas, salve a alegria e o prazer de viver!

Enquanto a passagem do ano não acontece, vamos nos divertir revendo alguns dos nossos bons momentos juntos. E claro, aproveitar pra não desconectar o que foi conseguido. Revejam-se em cena, felizes!!!
Cliquem no endereço abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=QF25Yq4fmJQ

Feliz 2010 e até fevereiro, certo?

Cauê Mattos

Video mais recente do Moises

Pra ver o Moises em sua mais recente atuação videográfica, clique no endereço abaixo. Confira!
http://www.youtube.com/watch?v=4IBibRwQEfM

Valeu, Moises! Parabéns!
Abs
Cauê

Mensagens e flashs de 2009

Parabéns!Vocês são ótimos!

Beijos, com muitas saudades,

Carlos Rodrigues

...

Obrigada por mandar as fotos, Mario, lindas!

Vocês continuam ótimos! e aí pessoal, saudades de todos! faz pouco tempo que estou na Alemanha, mas que frio meu Deus!!! e com vocês, tudo jóia??? cauê, neusinha, carlos, mario, fanny, malu, entre muitos outros que continuam no meu coração! desejo a todos muita, muita saúde e felicidades, além de muita merd@ - no teatro, claro!! beijos do hemisfério norte!!!

Mari

...

Enquanto isso, ouço a Carla Bruni cantar "Le Ciel Dans me Chambre" e lembro das fadas entrando em cena (lindas), tendo a frente a sua rainha, Titânia/Eva!

... e aproveitando a deixa, extraio algumas cenas marcantes de 2009:

- o rugido do Leão/Jandira;

- a expressão menino feliz e responsável do Marmelo/Moises, batendo a caixa e anunciando a entrada da sua trupe;

- a apaixonada Tisbe/Mario ao lado do seu amor Píramo/Bertola (impagáveis);

- o desabafo da Helena/Regina (puta que o pariu!!!) e uma das cenas mais forte que já assisti no teatro (parabéns);

- a entrada saltitante em cena do Demétrio/Maurício;

- a investida frustrada do Lisandro/Carlos sobre a "difícil" Hermia/Malu (com dor de cabeça, pode?);

- a investida da Lisandra/Fany (Lisão, pru íntimos) sobre a Helena/Regina e Hermia/Malu, ao mesmo tempo (marcou, tá rede!);

- a linda dança da Fada/Sonia, ocupando todo o palco;

- o Puck/Dora/Nair brincando em três níveis: baixo, médio e alto;

- a dança da sambista Laura, acompanhando a percussão do Batuta Batuque;

- o tesão escorrendo em palavras e babas do casal Hipólita/Mara e Teseu/José Pedro;

- o olhar dúbio do Egeu/Esther (que bigode, hein) sobre seu protegido Demétrio/Maurício;

- o apoio do Leão/Neusa ao Leão/Jandira;

- a alegria da ritmista Benedita na praça, na Lapa, tocando o bandeiro;

- o cachorrinho com a língua pra fora do Oberon/Alceu;

- a grande mestre de bateria Filóstrata, comandando a galera: Tá todo mundo aí?!!!!

Certamente temos muitos outras cenas e momentos marcantes que ficarão pra sempre conosco, certo?

E dá-lhe BATUTABATUQUE!!!!

A todos, um lindo final de ano cheio de alegria, paz, harmonia, e criatividade.

É um prazer enorme trabalhar com vocês, obrigado.

Cauê Mattos

Expressando o processo - Mario Omura

Como é gostoso sonhar...

Ainda, com o pensamento voltado ao "templo sagrado", queremos externar a todos os amigos que conviveram ao longo deste ano, momentos de pura magia, cada qual, com sua vivência, acumulada, e respeitando a individualidade, formamos, sob a batuta do mestre CAUÊ, uma equipe solidária, desprendida, e principalmente, paciente e compreensivo, frente aos problemas naturais de cada um.
Com superação, atingimos um grau de entendimento, próprio dos que possuem uma visão de grupo. Esse envolvimento, com o foco do olhar, voltado para um objetivo maior, fez com que a alegria aflorace nos semblantes de cada um e se estendesse aos familiares.
Esse espírito, observado no dia a dia dos ensaios, alimentou a todos, a vontade de prosseguir, superando as dificuldades naturais, o desejo de não decepcionar, ser solidário e verdadeiro.
Aos companheiros de jornada que permitiram esse crescimento, ofereço o que há de mais sagrado, neste momento que precede o espírito natalino, o meu carinho fraternal, e muito amor.
OBRIGADO MESTRES: ANTONIETA, MICHEL, OTACÍLIO e CAUÊ.
Seu servo, Mario.

Sonho em construção.

Caro Cauê,
Estou lhe encaminhando a mensagem que enviei aos colegas do núcleo dos artesãos que dispõem de e-mail e ao Bertola por telefone. Como poderá ver, estamos ainda capengando nas falas. Por isso solicito seu auxílio em voltar a sensibilizar o grupo para a importância de mais ensaios e na prioridade na dedicação ao estudo dos textos. Minha casa está disponibilizada para os ensaios, ou qualquer outro local que o grupo achar conveniente.
A cena do bosque com as lanternas que menciono na mensagem, termina com a aparição do Novelo (Bertola) com cabeça de burro e a debandada apavorada dos demais. Isto só é possível se o diálogo entre Píramo (Bertola) e Tisbe (Mário) trancorrer conforme o texto, dando ensejo à ação seguinte e final dessa cena
Estou anexando o texto completo que refiz das cenas dos artesãos e cujas cópias estão com todos os que participam delas.
Até o próximo encontro.

Abs,
Moisés

Caro Amigos,
Ontem à noite ensaiamos, eu, o Bertola, a Benedita e a Pura duas cenas da peça Sonho.... Infelizmente não pudemos contar com o Mário, por motivo comunicado a mim e que transmiti aos demais do grupo. Estamos todos com dificuldades de dizer as falas com a presteza e a correção como devem ser ditas. Por isso repetimos muitas vezes as cenas.
Sem dúvida, se não ensaiarmos e repetirmos inúmeros vezes as nossas cenas, nosso desempenho no palco vai ser deplorável. Por isso reitero a necessidade de estudarmos com afinco os trechos em que atuamos e marcarmos novos ensaios fora do horário do curso com o comparecimento de todo nosso grupo como prioridade em relação a outras atividades.
As cenas que estamos estudando são a do Terceiro Ato, Cena I (do bosque) que vai da página 4 à página 6 do texto que refiz, e a do Quarto Ato, Cena II, página 9. Esta última cena é curta, foi bem simplificada e provavelmente será pedida pelo Cauê para apresentarmos na próxima reunião, pelo que não há justificativa para sair capenga por falta de decorar as falas.
Vou pedir ao Cauê para repetirmos a primeira cena aqui mencionada, a do bosque. No ensaio que fizemos na última quarta-feira, a cena saíu falha e sem a conclusão. No final a conversa entre Píramo e Tisbe nada tinha ver com o texto, e por isso o final, que é a melhor parte da cena, em que Píramo sai e volta com cabeça de burro não teve condições de ser apresentado, prejudicando todo o ato.
Não há mais tempo para ficarmos apenas em leituras dos textos. Vou passar o dia de amanhã tentando decorar as falas sem utilização do texto. "Peço, solicito, imploro" como diz Marmelo na cena inicial do encontro dos artesãos, para que todos nós decoremos nossas falas, sem hesitações, paradas ou dúvidas.
Tenho certeza que se nos sairmos bem no dia da apresentação no palco, nossas cenas serão as mais apreciadas, interessantes e hilárias da peça.
Um bom fim de semana à todos.

Abs,
Moisés

Que mensagem bacana, Gabriel!

22 de outubro de 2009 (por e-mail)

Agradecimento!!!

Oi Cauêêê!

Aqui é o Gabriel, da Metodista. Eu fui até a Estação Ciência há mais ou menos 1 mês, em busca de uma atriz mais velha para o remake da cena de "Meu nome não é Johnny", tá lembrado?!

Estou entrando em contato novamente para principalmente agradecer pela oportunidade de assistir ao ensaio naquela quarta. Saí de lá encantado e principalmente emocionado!
É um grupo lindo! O comportamento dos atores que eu vi em cena, foi incrível!
Gostaria de pedir também, se possível, pra você guardar meu e-mail aí, e me avisar quando vocês forem apresentar "Sonho de uma noite de verão", porque eu faço questão de tentar assistir a apresentação!

Bom, estou escrevendo também para comentar que ontem, quarta, foi o dia da gravação e que a Neusa mandou muito bem no estúdio! Cauê, ela foi ótima, fácil de ser dirigida, absorvia as críticas com humor e usava tudo pra modificar a personagem do jeito que precisava ficar, buscando as emoções certas para transparecer o que a cena original pedia. Parabés pra ela! Peço também que você agradeça a Regina, a Malu e a Eva, ótimas, que também tinham se proposto a fazer o teste para a gravação da cena. Mas a Neusa foi esolhida principalmente pela semelhança com a atriz original, que era a principal prioridade no nosso trabalho.

Novamente, obrigadão e SUUUUPER parabéns por dirigir esse grupo incrível e com uma proposta artística tão legal!
E peça pra Neusa me ligar avisando sobre a data de apresentação de vocês!

Abraços!
Gabriel Potomati

P.S. Acho q tinha um ator do grupo chamado Bertola, não é?! Ele também era ótimo e engraçadíssimo! rs

Quem é vivo sempre aparece!

18 de outubro - registrando...


Um mês depois e muitas visitas ao blog sem novidades, sento-me na cadeira, diante do computador, para dizer que ao contrário do que se possa pensar com esse vácuo de palavras, tivemos uma intensa movimentação artística, física e de produção. Mas aí vão dizer: Ah! Como houve tanta coisa se não li nada disso no blog? Pois é, foi tanta correria, acertos, combinações, idéias, sugestões, treinamentos, ensaios e encontros que as palavras virtuais ficaram de lado, deram um tempo. Vejam só, digo, leiam abaixo algumas dessas ações em efervecência e digam depois se não tenho razão:
- oficina de percussão com Michel Machado, que tá mandando bem, afinando as batidas e harmonizando o ritmo da galera. Taí uma atividade que vai causar ruído no meio artístico (literalmente, rsrsrs). Já tá combinado que vamos apresentar nos dias 21 de outubro na Praça Miguel Dell´Erba (Lapa) e 25 de outubro, na Marquise do Ibirapuera. Ah! Também fomos convidados para estar na abertura da caminhada Juventude pela Paz, no dia 20 de novembro. Demais, não?!!! Falta agora acertar o samba enredo do Michel e colocar o os ritmistas na passarela do "Sonho".
- ensaio da peça "Sonho de uma noite de Verão". Eu as vezes fico pensando como o W. Shakespeare está se divertindo lá em cima com a gente. Não posso ter outro pensamento a não ser esse. Pois se eu vejo todos se divertindo no palco, eu me divertindo na direção, de vez quando aparece alguém pra ver o ensaio e se diverte, a Mon se diverte, enfim, todos se divertem, como vou pensar que o autor tb não está se divertindo? A montagem desse espetáculo está mesmo um sonho. Um sonho de gente grande e com experiência. Pra surpresa de muita gente, nós vamos apresentar essa montagem em dezembro, sim, e de uma forma inusitada e inspiradora. Aguardem.
- saraus na casa da Eva, do Maurício e o aniversário do Moises. Querem mais? Assisitir aos espetáculos "Sonho de uma noite de verão", "Cores Vivas", "Canto Coral", um sobre o samba (não lembro o nome. Foi toque da Mon); participação como ouvintes de palestras neurocientíficas na Estação Ciência... Nossa, é ou não bastante coisa?!! Grupo artístico o é isso mesmo. Não se limita ao palco nem a um encontro de três horas por semana. É preciso vivenciar um ao outro com intensidade para descobrir mais fraquezas, fortalezas, sentimentos, paixões, tristezas e alegrias um do outro e com isso ficar ainda mais forte e unido.
- ainda tivemos as visitas "in loco" do Gabriel, produtora WOW, e do André Puertas, Tribo de atores, ambos querendo conhecer nosso trabalho e nossa desenvoltura no palco para possíveis convites de trabalho, tanto de propagandas como de espetáculos.
Ah! Já-já a gente vai ver o Jose Pedro e o Carlos em cena, com espetáculos que acontecerão em breve.
Dito e escrito, fico por aqui já pensando na semana que entra e que teremos muito trabalho pra fazer. Que delícia, não?!!!
Abraços a todos e todas e até terça-feira.
Cauê Mattos

Refletindo sobre o personagem, por Esther Martirani.

Egeu - Personagem controvertido

Na mitologia grega, Egeu, rei de Atenas, era o pai de Teseu, o herói que matou o Minotauro com auxílio de Ariadne, que lhe dera um fio para se orientar no labirinto onde vivia o animal. Atenas devia pagar anualmente um tributo a Creta, pois Egeu assassinara o filho do rei, Minos.
Anualmente os atenienses enviavam sete donzelas e sete mancebos para alimentar o Minotauro. Encarregado da tarefa de liquidar o monstro, Teseu, caso fosse vitorioso, devia na volta a Atenas, trocar as velas pretas de sua embarcação por velas brancas, como combinara com o pai. Na euforia da vitória, esqueceu-se da troca. Egeu, ao avistar as velas negras, pensou que o filho tinha morrido e, desgosto, se afogou no mar que passou a se chamar Mar Egeu.
Ao escolher os personagens em Sonho de uma Noite de Verão, Shakespeare não segue fielmente a mitologia. Além disso, usa títulos de nobreza, como "duque" e "milorde", próprios da corte inglesa e não da democracia ateniense. Alguns nomes são escolhidos apropriadamente, como Píramo, assírio, apaixonado por Tisbe, grega; Oberon, rei dos elfos e Titânia, rainha das fadas; Hipólita, rainha das amazonas, porém traída por Teseu. Outros nomes foram pinçados aleatoriamente: além de Egeu, Filóstrato, sofista, Helena, filha de Zeus, Demetrio, rei da Macedonia, Lisandro, general ateniense.
Na peça, Egeu é um personagem ambivalente. Tem motivos para ser grato a Teseu, por ter libertado as donzelas atenienses da gula do Minotauro. Inclusive, possivelmente, sua própria Hérmia. Por esse motivo poderiam ser justificadas as referências elogiosas a ele: "excelso duque, Vossa Graça, meu renomado duque, meu senhor, meu gracioso duque, milorde, etc." Esses títulos, a todo momento aplicados, no entanto, revelam excesso de submissão, quase bajulação. Esse respeito pode ser um mecanismo de compensação que encubra uma inconsciente inveja ou revolta. Teseu atravessou o mar Egeu para chegar a Creta. De um modo simbólico, teria passado por cima das intenções de Egeu?... Por outro lado, Egeu é um verdadeiro tirano doméstico. Não hesita em condenar a filha à morte em caso de desobediência, embora, por outro lado, tenha revelado cuidado com o seu futuro, por ter escolhido para ela um marido digno.
Por que sua obstinação em Demétrio? Lisandro insinua a possibilidade de uma atração sexual de Egeu por Demétrio e é rebatido energicamente: "Insolente, irônico Lisandro". A seguir Egeu confessa abertamente essa atração: "Verdade, ele tem o meu amor", pois na Grécia o homossexualismo era socialmente aceito, discutido abertamente por Platão em "O banquete". Teria a intenção de manter Demétrio sempre por perto?...

Esther Alves Martirani

Convite do Carlos e Neusa, vamos ver?

Para quem não teve a oportunidade de acompanhar ao vivo, é só clicar no endereço abaixo, em verde, para usufruir do talento dos nossos dois companheiros, Neusa e Carlos.
Parabéns aos dois!!!!

http://www.youtube.com/user/teatroparaalguem

Abs
Cauê

Elfos, leões e percussionistas, vamos pra galera!

18 de agosto - registrando...
É, já estava na hora de falar dessa retormada, não? Leitura de texto, pesquisa dos personagens, construção da história, exercícios técnicos:voz e corpo... e, é claro, a Oficina de Percussão Batutabatuque. Essa, sob coordenação de um jovem mestre de muita atenção e sabedoria rítmica, não é mesmo Michel?
Entramos o segundo semestre como se estivéssemos na avenida, no sambródomo. Com a atenção e o ritmo lá em cima. E pra comandar todas as alas, nada melhor do que contar com pessoas maravilhosas, atentas e competentes: Mon Liu, Michel Machado, Flavio Benatti, Sara Braga e Otacílio. Também é preciso buscar parcerias e apoios como foi o nosso caso. Daí surgiram o Tusp, Coralusp, Associação Amigos da Estação Ciência e Laboratório de Neurociência. E o samba enredo não para por aí, não. Já estamos falando com Ari Matos e Antonieta Bastos para desenvolverem as oficinas Corpo e Samba, e Canto, respectivamente (aguardem!). Nessa efervência, aconteceu o filme da Neusa "Desenquadrado" e agora estamos torcendo pela Pura. É nóis!
Vamos tocando o nosso samba que o enredo vai dar teatro, tenho certeza.
Abaixo os seres da floresta, Puck e Oberon (Carmen e Alceu) enfeitiçam nossos olhares. Em resposta, o Leão (Jandira) ruge o mais alto possível e amedronta a todos (sem querer, é claro). E tudo isso misturado ao ritmo do Batutabatuque, do sorridente Michel. Eta, sonho legal!!!!
Abraços mágicos do
Cauê

Primavera da Margarida!!!!

Oi prof. Cauê, tudo bem?
Conforme lhe falei, envio-lhe a releitura que fiz da letra da música "A Banda", que denominei "A renovação", para a sua consideração e , se achar intressante, autorizo distribuir aos nossos colegas.
Abraços e até amanhã,
Margarida

A Banda ( A Renovação)
Releitura: Maraújo (Margarida Araújo)

Estava a toa na vida
Cansei, cansei, meu amor
Vou pro teatro da USP
Viver feliz e sem dor

Aquela gente sofrida
Despediu-se da dor
Já encontrou turma nova
E a deprê já passou

O homem sério que contava dinheiro, parou
A viuvinha que vivia chorando, parou
O aposentado que contava as estrelas, parou
Para ver, ouvir e tomar coragem

Até Cauê que andava triste e calado, sorriu
Que turma boa apareceu por aqui P q p
E a meninada toda se assanhou
Pôs o esqueleto a dançar
E o relaxar começou

Estava a toa na vida
Cansei, cansei, meu amor
Vou pro teatro da USP
Viver feliz e sem dor

A dança alegre tomou conta do palco e espalhou
O shakespeare que vivia na tumba, agitou
E a familia toda se enfeitou
Pra ver a terceira idade
Posar de jovem ator

E cada qual no seu canto
e em cada canto um amor
Aqui a banda não passa
Não vou deixar não senhor

Vou pro teatro da USP
Viver feliz e sem dor]Já encontrei turma nova
E a deprê já passou.

05/2009

Recomeço e o blogueiro de volta (sem foto).

05 de agosto - registrando...
O primeiro a chegar foi o Maurício. Animado e com o astral sempre pra cima, expôs sentimentos, idéias e (pasmem) me deu um Baton, de chocolate. A seguir foram chegando muitos outros participantes do grupo. O burburinho foi aumentando junto com a alegria do reencontro. Apareceram tb o Abel e a Mel (!!!). Eles são integrantes do grupo "Teatro para Alguém" e vieram até a gente para falar do teste para o novo trabalho que montarão e que irão precisar de um ator e uma atriz. Após se apresentarem e sugerirem o teste para o grupo, eles se surpreenderam com o interesse de quase todos os presentes. No dia seguinte, enviei por e-mail o endereço e o mapa (como chegar) para que todos fizessem o teste. Boa sorte.
Conversa vem, conversa vai e muitas novidades apareceram. Após a cobrança por parte deste blogueiro sobre a leitura da peça "Sonho de uma noite de Verão", o que muitos não fizeram durante as férias, veio o "Sermão da Escada" ( cada um tem o lugar que é possível, certo?). Ficou claro para todos que as cobranças serão maiores, agora que partimos para a montagem do espetáculo. Não vamos ter trégua e o foco será mais na fóvea do que na periferia da retina (gostei disso). Todos irão se esforçar muito para dar conta do Sir W. Shakespeare e não nos limitaremos só aos encontros de quartas-feiras, não. Temos que levar o estudo, a comprensão, a percepção, a criação do trabalho para o ônibus, enquanto nos deslocamos; para os assuntos discutidos em casa, no clube, na igreja (antes e depois da missa ou culto, é claro)... enfim, é pegar ou largar!
Ai, meu Deus! O que é isso, Cauê? Você não está exagerando? O tempo nos dará essa resposta, digo, o resultado do trabalho. Adoro desafios!
Vocês lembram do que falei sobre a coragem? De estar ao lado de pessoas corajosas e ficar mais corajoso, tb? Curti muito isso. Vamos enfrente, reveladores de mistérios!
E focando na fóvea do trabalho, não é que pintou o "Batutabatuque" (gostaram do nome?)!!! Pois é, mais um lance para a concentração geral. Entre as várias presenças que se somaram ao grupo, foi apresentado o percussionista Michel, que ficou responsável pela criação do samba-enredo e intervenções percussionistas para o espetáculo. Assim, foi criado o grupo de percussão
"Batutabatuque" com encontros às terças-feiras, às 16 horas, na EC.
Apesar dessa efervência toda, muita gente faltou: Vielda, Carmen, Nair, Enny, Mara, Tarcilio... Olha, aí. Pra vcs que não compareceram nesse primeiro dia, próximo encontro dia 11/8, às 16 horas, aula de percussão, e claro que na quarta-feira estaremos lá de novo, certo?
Vamos nos aquecendo....
Cauê

Enquanto isso, durante as férias...

É isso aí. Durante as férias nada melhor do que rever o que foi feito e se deliciar com os resultados. Em homenagem a essa ociosidade passageira e necessária, vou colocar aqui, abaixo, a matéria que o Fabricio, da Mix TV, fez com a gente. Assistindo-a pude notar o quanto conquistamos e estamos prontos pra "agosto" do que vier. Vejam vocês mesmos e confiram com os seus próprios olhos e ouvidos. Todos os sentidos estão presentes nas imagens e nas palavras vistas e ouvidas durante a entrevista. Curtam o momento, único e eterno.

http://www.youtube.com/watch?v=mt2ZS9UYqbE
Clique sobre o endereço acima para assistir a entrevista.

Beijos a todos e todas e até 5 de agosto, ok?
Cauê Mattos

Sonho em esboço.

03 de junho - registrando...
Entramos em um novo momento do projeto. Temos um corpo em movimento, interno e externo. Esqueleto, musculatura, órgãos, pele, estruturas e sistemas foram estudados e reconhecidos. Respiramos em cada célula, sentimos cada toque, ouvimos cada vibraçao do ar, degustamos cada encontro, cheiramos o espaço e percebemos o outro. Juntamos corpos, disponibilidade, atenção e compreensão da atitude das quartas-feiras. Tivemos coragem de nos desafiar e compor cenas, dar entrevistas, tocar o outro, deitar, levantar, correr, ocupar espaço, dar espaço, criar coletivamente.
Agora, é levar isso tudo para um outro patamar sem se preocupar com níveis, graus. Simplesmente fazer. Temos um grupo e fundamentos iniciais para tocar novas empreitadas cênicas. E que empreitada, hein? Porém, sem achar que o que vem não nos cabe, não nos pertence. Faremos, na verdade, já estamos fazendo, a apropriação de palavras, gestos, situações, emoções daquilo que até então parecia distante. Como distante, se trata de nós seres humanos? Quem nunca chorou, riu, se questionou, se emocionou, duvidou, ficou em dúvida de um grande amor? Tudo nos é tão familiar.
Estou colocando, abaixo, um pouquinho do que vocês já estão produzindo, e percebam o quanto estão a vontade, compreendendo a situação, o jogo, o prazer de brincar cenicamente. É um primeiro passo, esboço de um de sonho a ser realizado, brevemente.
Na quarta-feira temos muito o que falar: TransMuDança, espetáculo assistido no Tusp, novas ações do Sonho...
Conto com vcs e sei que me darei bem nessa aposta.
Cauê Mattos

Agora é a vez da Sara falar, digo, escrever.

Impressões

Quando iniciei minha participação nos encontros do grupo fui surpreendida com o acolhimento que recebi. Todos do grupo são muito amáveis.
As expectativas que eu criei foram superadas, isso é, o grupo foi além do que eu imaginava. Os exercícios propostos pelo diretor no início dos encontros são levados a sério e feitos por muitos levando ao limite do corpo, visto que nessa idade os movimentos não são tão rápidos e o corpo não tão flexível, mas todos querem superar as limitações físicas trazidas com a idade, lógico que respeitando o corpo.
Eles me parecem como crianças amadurecidas, cada um com sua característica, então há os que gostam de falar, os que gostam de aparecer, os tímidos, os quietos, etc. Mas todos sabem para que estão ali, é uma unidade buscando se descobrir na arte.
Quando o diretor propôs a eles que fizessem uma intervenção num lugar público, a maioria ficou acanhado, mas com um olhar de alegria e empolgação, e foi com um “estamos aqui para isso” que um dos integrantes disse, que todos os outros se soltaram e colocaram a favor da proposta. Seria uma superação para muitos, e ao invés deles se retraírem eles querem se superar e abraçaram a idéia.
Durante um ensaio foi proposta uma cena improvisada, onde os integrantes estavam divididos em dois grupos. Cada grupo fez sua apresentação e ao final o diretor pediu que em cima dessa improvisação fosse pensado em algo mais elaborado para outra semana, com o título “Isso tem sentidos” . O grupo certamente discutiram durante a semana e trouxeram para o encontro seguinte as cenas prontas. São cenas lindas, “cheia de sentidos” que claro estão esboçados ainda, mas que se bem trabalhados serão muito adequados para uma intervenção na rua.
Outro ponto que está sendo trabalhado no grupo é sobre o teatro elizabethano. Em um dos encontros o diretor propôs que fosse feito uma montagem de uma peça do Shakespeare, mas que antes os atores da terceira idade fizessem uma pesquisa a cerca do tema. Dessa forma eles teriam que conhecer a estrutura física do teatro daquela época, o tema das peças, o estilo de cenário e figurino, a vida e obra de Shakespeare, que foi o nome de maior destaque da época.
Os integrantes se dividiram em dois grupos: história do teatro elizabethano e cenário, e figurino. Eles buscaram as informações em livros e sobretudo na Internet, já que para a maioria o computador não é um “monstro”. Eles apresentam facilidade no uso da Internet. Isso para mim é muito interessante pois até então tinha o preconceito de que velhinhos não sabiam usar o computador.
De forma geral está sendo de grande valia participar dos encontros, é muito gratificante trabalhar com a terceira idade e o que mais espero é que este estágio seja um momento de troca, onde eu colabore com o grupo e que o grupo me traga boas experiências.

Por Sarah Virgínia Braga

Visita a ECA e palestra do prof. Fausto - depoimentos.

Amigos e amigas,

deixem aqui as suas impressões sobre o evento do dia 20 de maio.
Aguardo seu relato.
Abs
Cauê
........

Oi pessoal amigo do teatro USP.
É muito bom fazer parte deste grupo, melhor ainda é ter a oportunidade de conhecer pessoas tão especiais como: Cauê, Fausto, Mon, Sara, Flávio, enfim todos. Fiquei simplesmente encantada com o nosso passeio na USP no dia 20/05/09. A atenção e dedicação dessas pessoas para conosco foi incrível, aprendi muito pois o professor diretor Fausto é de uma didática incomparável, muito jogo de cintura. A atenção da Mon, da Sara, do Flávio não dá nem para falar, me senti muito a vontade sem contar que esse mundo da moda me fascina.
Todos participaram com muito interesse. Era visível, ninguém dormiu.
Parábens a USP, ESTAÇÃO CIÊNCIAS E A SUA DIREÇÃO POR INVESTIR NO SER HUMANO. DEUS OS ABENÇOE.
A CAUÊ, eu não poderia deixar de parabenizar você e a professora MARIA INÊS pela palestra-evento que ocorreu no último sábado 16/05/09, foi maravilhoso continue sempre assim nos passando confiança e segurança indicando que todos nós podemos. UAU !!!
Da amiga,
Fany

Duas semanas e quantos acontecimentos.

06 e 13 de maio - registrando...

Pois é, quanta coisa aconteceu nesses dois dias, não? Tivemos uma palestra muito boa com a Bruna Longo, falando sobre a Antropologia do Teatro, que nos situou frente a questões do entendimento corporal em diversos momentos da humanidade e culturas. Ela falou de Eugenio Barba (quem é? Vamos pesquisar), Teatro Japonês, danças populares, Shakespeare, Teatro do Lume (Campinas) e tantas outras coisas importantes para especificar sua pesquisa corporal que uma hora foi muito pouco, ficando o desejo de um outro encontro e o gostinho de quero mais.

Também tivemos mais pessoas interessadas em nosso trabalho. Desta vez foi a equipe da TV Câmara do Senado que esteve por aqui captando imagens e palavras de todos nós. Gostei da postura dos entrevistados frente a câmera e do clima de participação de todos.

Além disso tivemos inspirações e muitas pirações improvisadas sobre o tema "Isso tem sentidos", desenvolvidos pelos dois grupos com muita criatividade e dedicação. A idéia era que o resultado dessas improvisações fossem apresentadas no dia 13, porém com a chegada da TV Câmera e seus holofotes sobre nós, deixamos para o dia 27 de maio. Ainda bem, pois Zé Pedro, Regina, Moises e alguns outros que não poderam estar conosco no dia 13, mas com certeza estarão no dia 27. Ah! Isso tem sentido, certo?

E o que dizer da pesquisa sobre o teatro Elizabetano na ponta da língua de todos, hein? É tão gatificante verificar a dedicação e o envolvimento de vocês nessas questões que penso em aprofundar ainda mais nossas pesquisas (ops, o que virá por aí?). Vamos continuar lendo e registrando as informações que nos chegam sobre as características, obras, personalidades e importância desse período para a história teatral. Sei que no final chegaremos ao Shakespeare e aí o "sonho" é encenar.

Esses dois encontros também nos permitiram conhecer ainda mais o nosso corpo e desenvolver novos movimentos. Falamos e trabalhamos muito sobre a estrutura esquelética do corpo e dirigimos uma grande atenção aos ossos das pernas, da coluna e do quadril: tíbia, fíbula, vértebras, cristas ilíacas e tantos outros que compõem essa região. Demos sentido e história aos movimentos e nos aperfeiçomentos expressivamente.

Nesta quarta dia 20/ não estarei com vocês, mas o Flávio e a Sara os acompanharão em mais uma jornada de muito conhecimento e diversão. Sei que vocês aproveitarão muito todas as peças dispostas na exposição e as muitas palavras interessantes que o Prof. Fausto proferirá. Aproveitem!

Até o dia 27.

Reportagem - Revista da Folha - 03/05/2009

COM MAIS DE 60 ANOS, ELES DESCOBREM NO TEATRO UMA FORMA DE REJUVENESCER
















Aula de teatro para a terceira idade na Estação Ciência


palco para maiores
por Rafael Balsemão / foto Beatriz Toledo


Aos 63 anos, Carlos Alberto Rodrigues brinca com a idéia de desbancar o galã Brad Pitt, 45, dois anos depois de passar a ter aulas de teatro. "Tô querendo encarnar o Benjamin", diverte-se ele, se referindo ao personagem do ator no filme "O Curioso Caso de Benjamin Button", sobre um homem que nasce com mais de 80 anos e começa a rejuvenescer. "De uma certa forma, é o que está acontecendo comigo. Remocei, revivi", diz ele, que, no palco, deu adeus à depressão.
O rejuvenescimento começou com o papel do personagem Guarda, em uma encenação de "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes, no ano passado. O figurino foi ele mesmo quem montou, com direito a farda, botina e cacetete, comprados por R$ 50 em uma loja de artigos para policiais.
A apresentação única marcou uma nova fase na vida do aposentado, depois de 31 anos como técnico em telecomunicações na antiga Telesp. "Foi espetacular. Estou me descobrindo", afirma ele, um dos 30 alunos de um curso de teatro para a terceira idade realizado na Estação Ciência, da USP, na Lapa. Assim como ele, a maioria dos colegas passou dos 60.
As aulas, gratuitas, acontecem nas tardes de quarta-feira, durante três horas. O grupo é coordenado por Cauê Mattos, 46. É a primeira vez que o ator e diretor assume o papel de professor. De cara, encontrou uma galera cheia de especificidades. "O corpo não responde na mesma velocidade", explica Cauê. "Temos que respeitar." Na fila de espera para participar do grupo, 80 pessoas.
Alguns alunos têm tratamento especial, como Vielda Brognera, 88, que, no passado, chegou a fazer um vestido para a atriz Cacilda Becker, mito dos palcos nacionais. Com dificuldade para andar e enxergar, ela não participa de exercícios que exijam muito do corpo. Mora sozinha na Água Branca e tem um ajudante que a leva para as aulas.
"É uma terapia. Amo o Cauê. Qual é o jovem que gosta de meninas de 80 para cima?", brinca Vielda. Na apresentação de final de curso no ano passado, ela assumiu a assistência de direção. O professor é só elogios para a sua "menina": "Ela já veio para a aula gripada e doente".
As tarefas não acabam durante o encontro semanal na Estação Ciência. Todos têm de fazer a lição de casa -no momento, uma pesquisa sobre o teatro elizabetano. "Eu cobro. Não penso: ‘Ai, coitadinho do velho’", diz o professor.
Frequentar as aulas, para uma grande parte dos alunos, significa retomar sonhos. "Sempre quis ser artista, ia ao circo, representava no colégio", recorda-se Maria Lúcia Beijós, 64, dois casamentos e o desejo de se tornar uma artista interrompido na primeira união. "Venho para cá feliz, para ver meus amigos e colocar para fora tudo o que eu sinto."
Malu soube da existência do grupo teatral pelo rádio em 2007, quando ficou viúva pela segunda vez. No mesmo ano, estreou na pele de uma personagem que em nada lembra sua vida como dona de casa. Encarnou no palco a prostituta Geni, de "Toda Nudez Será Castigada", do polêmico Nelson Rodrigues. "Me senti uma verdadeira atriz, uma perfeita Geni."
(...)
mais informações sobre os cursos
Estação CiênciaTel. 3673-7022 / 3675-8828
http://teatroterceiraidade.blogspot.com/

As imagens revelam!

22 de abril, registrando...
Hoje os comentários serão feitos por imagens... e precisa de mais alguma coisa?

Começando pelo vídeo, abaixo.

Até quarta!

Cauê

Nós na TV Paulinas

Eis o endereço para assistir a reportagem: www.paulinas.org.br/paulinas_tv/especiais/video.aspx?video=anopaulino-a
Selecione Programa "Espaço Vida" e dê "OK".
Quadro "Reportagem/Terceira idade" - 24.04.2009
Parabéns a todos e todas. Ficou muito boa.
Abs

O que faltou?

15 de abril - registrando...
Boa tarde. Olá! Como vai? Tá na hora? 2h10. Vamos a isso! todo mundo no palco, chão, deitado, começa, somestesia, corpo, sem resistência, gravidade, respiração, ossos, músculos, órgãos, pele, ar, audição, palco, auditório, saguão, Estação Ciência, rua guacurus, praça, corpo, inspiração, liberar toxinas, somestesia, contato pele x chão, pele x ar, propriocepção, articulações, deslocamentos, baixo, médio, alto, contato pele x pele, tato fino, tato grosso, reconhecer, quem? o que? pesquisa, individual, afundar o toque, olfação, cheiros, onde, tecido, braço, perna, tóraxi, cabelo, objetos, ambiente, gustação, sabores, salgado, doce, amargo, azedo, gostoso, irritante, sentir, experimentar, confiar, acreditar, dizer o nome do outro, abrir os olhos, objetivo, foco, explorar o objeto, descobrir o outro, direção, não a abstração, concreto, aqui e agora, conduzir, ser conduzido, investigar, ampliar, estímulos sensoriais, pausa, perceber o corpo, respiração, andar, centro, periferia, rápido, lento, de costas, sentar, ouvir, comentar, opinar, atuar, sensibilização, canais, sensoriais, informação, abertura, moldar, flexibilidade, criar, percepção, obra artística, vida, atenção, economizar, casa, cegos, surdos, experiências, arte, ator, mundo, cultura, realidade, animais, natureza, linguagens artísticas, sociedade, relacionamento, novo, velho, Rafael, Folha de São Paulo, Revista, entrevista, Shakespeare, teatro, elizabetano, rainha, época, personagens, personalidades, textos, obras, poetas, Comédia dos erros, Hamlet, Rei Lear, Conto de inverno, A Tempestade, Sonhos de uma noite de verão, história, cenografia, figurino, dividir, grupos, trazer, comida, líquidos, objetos, sensações, próxima, aula, Lígia Clark, ritual, Alceu, desejo, mãos, aperto, Carlos, obrigado, até quarta... faltou alguma coisa?

Cauê Mattos

Sob o olhar do Flávio.

08 de abril - registrando...

O registro hoje é do nosso querido Flávio Benatti, jovem estudante de Relações Públicas (USP) e estagiário do Setor de Eventos da Estação Ciência. Esse registro é apenas um aperitivo do que ele está planejando para nós... Aguardem. Enquanto isso, vejam, digo, leiam os comentários que ele fez sobre o nosso encontro, a seguir.

"Na caverna do auditório, escuridão e todos deitados no chão. A respiração longa oxigena o sangue e traz todos de corpo e alma ao palco, faz com que esqueçam do ônibus, da agitação e da casa por arrumar. A intenção é essa.
Aos poucos e lentamente levantam-se de olhos fechados, exercitam a percepção, descobrem novamente a textura já conhecida. Aguçam os ouvidos e tentam visualizar o espaço. Em seguida é a vez do olfato, cada cheiro é um mundo diferente que adentra em nossos juízos. A percepção daquilo que nos rodeia é limitada pelos nossos sentidos, estar em sintonia com eles é ter controle do mundo lá fora.
Memória e movimentação, as engrenagens da cabeça estão a mil, nível 1, 2, 3, 4 e talvez o 5 na dinâmica de grupo. É tudo uma preparação para o que está por vir. Vamos para um jogo de encenação.
A essa altura qualquer sensação de incômodo dada pela dúvida do que é certo e o que é errado deve ser eliminada. Nada fácil, mas quando alcançamos a objetividade na expressão, conseguimos moldar a interpretação do público.
Percepção, entendimento e em seguida a relação, é hora de criar e improvisar. Para isso nada melhor que manter baixa a ansiedade para conseguir maior liberdade e presença de palco.
E passo a passo vamos entendendo a contemporaneidade do teatro, que pede de cada um a sinceridade e a totalidade naquilo que nos envolvemos."

Abraços a todos e todas.

Cauê

Que dia, hein!

01 de abril - registrando...
O que foi planejado não ocorreu e o que não foi acordado aconteceu. É, a vida é momento, oportunidade e aceitação, mesmo. A gente tinha em mente um transcorrer de aula normal com seus aquecimento, jogos, improvisações etc e aí pintou a TV Aparecida (nome sugestivo, não?) pra indicar novas situações e readaptações. E o que dizer do resultado dessa intervenção televisiva, hein? No mínimo, que foi uma "senhora" aula, onde tivemos a oportunidade de ver e acompanhar a atuação de uma equipe de TV com direito a câmera, fios pra todo lado, luz intensa e muita objetividade. Além disso, podemos ver a performance da apresentadora Marisa, improvisando textos e situações para dinamizar e tornar interessante e agradável ainda mais o nosso encontro. Ela tem muito "jogo de cintura" com os entrevistados e deixou transparecer todo o seu talento e experiência como apresentadora de TV. Envolvidos nessa dinâmica, fomos solicitados, repetidas vezes, a mudar de lugar, a fazer parte do "close", ocupar todo o espaço, promover mais ações coletivas e ficar disponíveis para os "insigths" do diretor da equipe. Foi sem dúvida alguma uma experîencia ímpar para todos nós. Não por ser a primeira vez que uma TV nos registra e entrevista - outras já fizeram isso -, mas por a cada oportunidade como essa, percebermos sutilezas e práticas que nos levam a uma compreensão cada vez maior de uma linguagem artística e de comunicação muito importante na atualidade. E todos vocês ajudaram muito, tanto no aproveitamento da atividade quanto no seu desenvolvimento. Sim, vocês foram maravilhosos, abertos e inteiros a cada movimento ou solicitação da equipe. Gostei e tenho certeza que estamos no caminho certo. Só assim poderemos praticar um teatro de pesquisa e construtivista. Todos participando e buscando compreender o que está sendo oferecido. Não é isso mesmo? O que vocês acharam?
Pra ficar registrado esse momento em movimento, temos um pequeno vídeo, abaixo. Clique na setinha logo abaixo da imagem e assista a performance do Maurício, em entrevista exclusiva.
Uma grande abraço a todos e todas e até quarta.

O trabalho se inicia.

25 de março - registrando...

Você já ouviu sua respiração hoje? Feche os olhos, respire fundo e tente perceber a si mesmo e o que está ao seu redor. Tentou? Conseguiu? É, os exercícios dados não são para se esgotarem no palco, não. Eles devem ser sempre lembrados e praticados durante toda a semana, em casa, no escritório, no ônibus, no trem, na praça, caminhando, falando, ouvindo... Pratiquem, ok?
Hoje, realmente iniciamos o nosso trabalho. Corpos no solo, canais sensoriais abertos sendo estimulados, jogos de integração, experimentações cênicas (foto ao lado. Dispensem a nuvenzinha, tá?) e outros momentos só observados e sentidos por quem estava lá, ouvindo, fazendo, jogando. Foi muito bom ver o quanto vocês querem brincar e se envolver com as propostas. Não vamos dar espaço pra o "ser platéia", não. O negócio é atuar, ser protagonista. Aceitar o jogo e se deixar desafiar por suas possibilidades cênicas. Isso não quer dizer que precisamos estar sempre no palco, não. Mas ao acompanhar o desenrolar de uma cena no palco, vamos focar nosso objeto de estudo: o fazer teatral. Tudo nos interessa, acrescenta e alimenta. Somos pesquisadores.
Quem quer ser o casal ou o quarteto enamorado? E o muro, separando um amor impulsivo, apaixonante, quem quer fazer? Tudo é tão divertido. Vamos nos divertir.
Até quarta.
Cauê

Depoimento de Vera - favor publicar no blog

Querido amigo e professor Cauê e colegas:

Não podia me desligar sem deixar meu depoimento e "até logo" às pessoas que quero bem. Aprendi muito com vocês, desde o coleguismo à lidar com um grupo eclético onde um fala de menos, outro de mais (como eu palpiteira), onde esteve sempre presente o respeito, a boa vontade e a compreensão, aliás material das aulas.Principalmente meu professor, impossível não gostar dele, que com paciência e amor, nos ensina viver mais felizes e saudáveis. Das aulas, fiquei com o gosto de fazer os exercícios de relacionamento, linguagem corporal e principalmente o aprendizado de me relacionar com o próximo através do olhar, do "pegar" no outro.Sentirei, como já, saudades e devo dizer que só me desligo por ser impossível conciliar horários com minhas atuais atividades. Cauê, a você, preferente a tudo, um enorme abraço e um beijão "olho no olho". Obrigada pelos bons momentos que aí passei, e claro irei ver vocês sempre que puder para matarmos saudades, brincarmos e rirmos.... e conhecer os novos
Vera Maria Vieira da Silva
26 de Março de 2009

No centro!

Ufa! Até que enfim chegou o o dia do reencontro. 3 meses e 15 dias depois (alguém comentou isso), o grupo se encontrou, reunindo antigos e novos integrantes. A espera por esse momento estava claro nas trocas de comentários e diálogos nos primeiros minutos da atividade. Claro que vieram também as considerações sobre o que foi feito no ano anterior, o prazer de ter feito O Pagador de Promessas, a repercussão na família dessa montagem e o encerramento das atividades no Muvuca, com direito a performance musical do Carlos e Cia.
Festa, alegria, prazer, necessidade, abraços, carinho e muitas idéias e projetos novos a serem realizados. Essa foi, em síntese, a tônica do nosso primeiro encontro.
Mas era preciso conhecer os novos integrantes e ao mesmo tempo também, eles nos conhecerem. Então, o negócio é ir para o centro.
Para quem estava curioso para saber o que viria a ser participar de um grupo de teatro, ao ficar no centro, teve a oportunidade de se colocar num primeiro desafio cênico e assim exercitar sua exposição e ser ouvido, deixando perceber expressões, idéias, postura, fala, jogo e presença cênica (a gente vai falar mais sobre isso, em detalhe). Já os veteranos (e aqui, esse vocábulo só vale pra experiência no grupo, certo?), estavam descolocados, articulados e seguros ao falarem de suas experiências e vivências nos semestres anteriores, bem como o quanto essas atividades lhes foram importante por vários motivos, mas principalmente por realizar o desejo de conhecer e praticar as técnicas de teatro, dança e consciência corporal.
E aí veio a reflexão do que é estar no centro e o jogo cênico. Estar rodeado por pessoas, em exposição e sendo ouvida por todos, é sempre uma atitude protagonista e muito tem a ver com o estar no palco, com o exercício do ator. A vida, o cotidiano, nos dão todos os elementos necessários para esse jogo, cênico. Na verdade, esse jogo só é possivel porque há vida, cotidiano e pessoas, claro. E quando temos a oportunidade de falar e ouvir experiências de vida, desejos, realizações, angústias, alegrias como aquelas colocadas na "roda", pronto, temos aí todos os ingredientes geradores do fazer teatral.
A vida e viver são elementos essenciais para o teatro, mas, como foi comentado depois, pra essa experiência única do ser humano se tornar arte, é preciso registrar seus momentos, fundamentar suas atitudes, dar sentido, e aprofundar pesquisas técnicas e conceituais. Esse vai ser o nosso desafio, ter a experiência da vida e o viver para melhor entendimento e desenvolvimento do fazer artítisco. Vamos a isso!
Uma coisa que ficará para ser respondido depois: intervenções urbanas ou montagem de espetáculo? É, isso vai dar o que discutir.
Por fim, foi um grande prazer ter todos vcs aqui de volta e uma alegria muita grande também ver outros se juntando a nós. O teatro é realmente muito prazeroso.
Bom trabalho para todos.
Cauê Mattos

Estamos de volta, afinal!

Amigas e amigos,

como reencontros são sempre momentos muito especiais, quero marcar essa nossa retomada de contato com algo que vai nos instigar ainda mais a nossa paixão pelo teatro.
Cliquem no endereço abaixo, se vejam e se inspirem bastante para o que vem por aí, em março!
http://www.youtube.com/watch?v=ADXN1U82U2s
Abraços cordiais
Cauê