sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Do Flávio, jovem companheiro, sobre a gente


24 de setembro - registrando..

Atores, atrizes, vô, vó, em fim, meus mais novos amigos! Aqui quem vos escreve é Flávio. Começei a acompanhar o trabalho do grupo Só com Experiência há uma semana, e confesso ter me divertido muito esse pouco tempo com vocês. É realmente uma lição para mim, uma lição de ânimo, de coragem e de superação, o modo com que encaram cada encenação, cada trabalho de palco, cada desafio, cada atividade em grupo, e até mesmo o jeito com que cuidam um do outro. Jeito esse que se manifesta em cada ato seus, como exemplo a encenação na praça, em que "você é o pai" foi sucesso total do meu ponto de vista. Imaginem a importância da mensagem que vocês transmitiram pra quem passou por ali e que tem ou teve um problema afetivo de abandono, ou para quem já precisou de algo e à esse foi dado "as costas" ?! Pois é, o teatro é assim, seja o Vias do Coração ou outra intervenção, cada ato transmiti uma mensagem. Agora então com duas encenações (O pagador de Promessas e o Big-Bang), qual será a intensidade e amplitude das mensagens que emanam do nosso grupo? Na minha opinião ambas peças guardam um enorme potencial de desenvolvimento, e têm tudo para dar certo. Por isso vamos lá com os trabalhos, mão na massa, e criatividade à tona. Assim "o coração agradece".





sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O blog é pra se expressar!

É, o pessoal tá mandando recados e eu, blogueiro que sou, lanço novas postagens.

UMA AMIGA ME PERGUNTOU: TEATRO PARA TERCEIRA IDADE ?
COMO É? COMO FUNCIONA? ONDE FICA?

As aulas são realizadas no auditório da Estação Ciências todas as quartas feiras das 14.00h as l7.00h.
13.45 os alunos vão chegando, vão descendo as escadas do auditório, lá na frente, perto do palco vemos Cauê, o nosso professor, que com seu alto astral, com seu sorriso, com sua bondade e com seu bom humor vai espalhando a alegria para todos.
Já contagiados por esse clima de felicidade, em círculo nos damos as mãos e orientados por Cauê exercitamos nosso corpo por mais ou menos 30 minutos.
Agora vamos para o palco, todo o mundo subindo, nos ordena Cauê. Lá em cima começam novos exercícios: andando rápido, olho no olho, andando de costas, em círculo, acompanhando a música, requebrando, trabalhando a coluna.... e assim ao som de uma música, Cauê, com todo o seu carisma continua nos orientando.
Você olha em volta só vê semblantes alegres e todos continuam respirando aquele ar impregnado da mais bela magia. Fazemos ainda o ensaio de uma peça teatral e se der tudo certo Cauê vai apresentá-la no fim do ano.
E o " Teatro ao Ar Livre "? É o máximo. Como funciona? Vou tentar explicar: É escolhido um lugar, geralmente uma praça, para onde vamos caminhando em fila, lá dispersamos ficando sempre perto um do outro. Andamos um pouco e depois nos reunimos, digamos para uma celebração. Cantamos, conversamos, representamos... Os transeuntes olham, alguns param, sorriem e continuam seu caminho, e muitos deles, tenho certeza, captam essa paz, essa alegria, enfim esse alto astral que esse grupo transmite.
Voltamos depois para o auditório da Estação Ciência , e lá para finalizar nossa aula formamos um círculo com as mãos dadas, e com um aperto de mão transmitimos em pensamento uma mensagem de felicidade para o nosso companheiro do lado direito.
Tentei fazer aqui um apanhado geral do que são nossas aulas de Teatro, porém, sempre temos alguma inovação, pois Cauê não deixa suas aulas caírem na rotina e sempre com seu espírito criativo, faz de seu curso um centro de aprendizado alegre, que nos faz sentir a juventude se apoderar de nós, enfim, saímos de lá mais felizes, mais alegres e por que não mais jovens.
Sônia Bícego

Caro Cauê,
Estou gostando muito do curso e aprendendo coisas importantes.Uma das coisas que estou descobrindo em mim mesmo é que já não me preocupo muito em "jogar para a torcida". Acho que é um dos ganhos que se tem com a idade. Mais jovem preocupava-me muito com o juízo alheio. Besteira... Nos outros vou descobrindo que, se houver um ambiente favorável, receptivo (e você proporciona isso ao grupo) as pessoas vão expressando seus talentos. Daí a importância de não julgarmos cada ser humano pela primeira impressão. Tenho descoberto neste grupo pessoas muito talentosas, com um rico conteúdo interior. Obrigado pela oportunidade de fazer parte dessa experiência rica. Um ótimo final de semana.
Alceu

Cauê,
Só hoje pude abrir os emails. Fiquei sem tempo antes e ontem sem internet.
A citação é: Envelhecer não é bom. Mas é o único jeito de viver bastante.
Não me lembro onde li. A única certeza que tenho é que é de um autor francês.
Esther

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sem foto, mas com foco

10 de setembro - registrando...

Queria iniciar esse texto com a citação que a Esther falou na aula passada sobre o envelhecimento, mas não lembro por completo a frase. Por isso, acho melhor aguardar ela me enviar, na íntegra, é claro (mesmo sem sabermos quem a criou. Colocaremos aspas, pronto). Então, aguardem mais um pouco para a introdução dessa postagem ser como deveria ser, ok?
Que coisa, hein? Como assim sem foto? Pois é, a aula passada não tivemos companhia ilustre da Mariana e por isso ficamos sem imagem. A aula rolou com tanta intensidade que esse blogueiro e coordenador da atividade não teve tempo de imprimir suas digitais na máquina fotógrafica e captar digitalmente as expressões e movimentos do participantes do projeto "Só com experiência". Fazia tempo que eu não citava o nome do projeto, não? E olha que a cada dia adquirimos mais experiência ainda.
Ah, por falar em falta (da Mariana, retomando o assunto...), senti muita falta do Moisés, tb. Torcendo e desejando que ele esteja conosco no próximo encontro, aproveito aqui a oportunidade e como sei que ele não perde uma postagem nova, faço a solitação para que venha com o seu saxofone. É, ele é músico e sua música pode nos ajudar bastante no trabalho que faremos na praça, na próxima quarta. Por falar nele, no trabalho na praça... Todos pensaram durante a semana no que fazer e trazer para incrementar a nossa performance? Sim, um vestido diferente, óculos, sombrinha, um terno elegante, sapatos brilhando... para criar referência e atrativos para o público da praça. Amanhã conferiremos tudo isso, ajeitando outras coisitas e acrescentando outras. Uuhfr (friozinho na barriga)!!
E o Pagador? Vão treinando o exercício da espera, do olhar cúmplice e participativo. Vão criando imagens e estudando as intenções de cada momento da peça. Os movimentos virão, naturalmente.
Aguardo-os aqui, inté!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A rua é o nosso limite... por enquanto.

03 de setembro, registrando...
Nesse momento, estou ouvindo o CD do grupo Uakti com Philip Glass, Águas da amazônia, pensando nas possibilidades de exercícios e práticas cênicas a partir das lindas melodias registradas nele. É uma delícia ouvir esse cd, vocês vão gostar. São tantas sugestões, tantas imagens, sons, situações, fatos... deixemos que o nosso encontro mostre tudo isso ( e mais um pouco).
Êba, saímos da Estação Ciência! O nosso espaço agora é a rua, a praça, o espaço público e notório de pessoas andando de um lado para outro. Como muda o nosso olhar, nossa percepção sobre esses espaços quando temos uma atitude de pesquisador, observador da vida, investigador do codidiano, não? Como fica longe aquela idéia de ter pena de tudo, de querer que as coisas sejam diferentes, de se achar distante e diferente, não? Quando pesquisamos, coletamos histórias, observamos o cotidiano, tudo faz parte, nada nos é alheio ou distante. Queremos ir fundo nas nossas investigações e nos integramos, somos presentes, somos o todo. Êpa, será que foi isso mesmo que todos sentiram, perceberam? Alguém tem outra opinião aí? Eu estou "forçando" vocês assumirem palavras e sentimentos que estão só na minha cabeça? Bom, de qualquer forma, de uma coisa eu tenho certeza: causamos. Ah, aquela saída da EC, o andar até a praça em fila, o círculo feito, a emissão do Ohm, o abraço coletivo em roda e por fim a "Mana foi embora". Tivemos até a participação do público infantil e adulto! Agora é trabalhar as situações e brincarmos ainda mais nesse espaço já identificado e reconhecido. Avante exploradores da vida!
E por falar em explorar, as nossas aulas estão ficando curtas mesmo. Imginem só, além de tudo isso que aconteceu acima, ainda jogamos capoeira, dançamos no terreiro, rezamos e levantamos alguns momentos cênicos dos personagens d´O Pagador de Promessas. Alceu e Cristina, o que acharam do jogo, dureza? Sei que vocês curtiram bastante, estavam felizes.
Ah, quarta-feira, que prazer encontrá-los. Vamos a isso.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

"Nem chamamos tanto atenção"




27 de agosto - registrando...

E aí, como foi a sensação de fazer a primeira intervenção em espaço público, hein?
Foi tudo muito tranquilo. Deslizamos pela Estação Ciência em fila, brincando com os espaços e observando o entorno. Olhares curiosos ficaram centrados nos nossos pés. O que esse pessoal está fazendo? É um grupo de visitante ou não? Mas por que eles estão descalços? Esses foram alguns comentários do público que dividia o olhar sobre a gente e os experimentos científicos. Não "causamos" tanto, não, é verdade. Transitamos sem provocar alvoroços, gemidos, gritos, desconstruções, desvios. Até comentamos, após a experiência, que "nem chamamos tanto atenção , assim". Ah, porém, o "pessoal não tirava os olhos dos nossos pés". É foi leve, pra sintar o gostinho. Vai ser assim mesmo: passo a passo até chegarmos às escadarias do Teatro Municipal (ufrr, que friozinho na barriga!). Ops, ia esquecendo de dizer que a foto acima é do nosso querido Mário Omura. Valeu, Mário!



Agora, papo sério. Vocês aí na foto, concentrados, inteiros, entregues, demonstram que estão afim. Porém, no ensaio ficaram a desejar. Temos que correr contra o tempo se quisermos montar O Pagador, mesmo. Não podemos vacilar. Achar que dá pra resolver tudo no final. Pra haver final, o começo e o meio têm de ser trabalhados agora.
Conto com vocês pra deslanchar essa carpintaria. Vamos conversar na quarta. Abraços a todos e todas.