segunda-feira, 30 de março de 2009

O trabalho se inicia.

25 de março - registrando...

Você já ouviu sua respiração hoje? Feche os olhos, respire fundo e tente perceber a si mesmo e o que está ao seu redor. Tentou? Conseguiu? É, os exercícios dados não são para se esgotarem no palco, não. Eles devem ser sempre lembrados e praticados durante toda a semana, em casa, no escritório, no ônibus, no trem, na praça, caminhando, falando, ouvindo... Pratiquem, ok?
Hoje, realmente iniciamos o nosso trabalho. Corpos no solo, canais sensoriais abertos sendo estimulados, jogos de integração, experimentações cênicas (foto ao lado. Dispensem a nuvenzinha, tá?) e outros momentos só observados e sentidos por quem estava lá, ouvindo, fazendo, jogando. Foi muito bom ver o quanto vocês querem brincar e se envolver com as propostas. Não vamos dar espaço pra o "ser platéia", não. O negócio é atuar, ser protagonista. Aceitar o jogo e se deixar desafiar por suas possibilidades cênicas. Isso não quer dizer que precisamos estar sempre no palco, não. Mas ao acompanhar o desenrolar de uma cena no palco, vamos focar nosso objeto de estudo: o fazer teatral. Tudo nos interessa, acrescenta e alimenta. Somos pesquisadores.
Quem quer ser o casal ou o quarteto enamorado? E o muro, separando um amor impulsivo, apaixonante, quem quer fazer? Tudo é tão divertido. Vamos nos divertir.
Até quarta.
Cauê

sexta-feira, 27 de março de 2009

Depoimento de Vera - favor publicar no blog


Querido amigo e professor Cauê e colegas:

Não podia me desligar sem deixar meu depoimento e "até logo" às pessoas que quero bem. Aprendi muito com vocês, desde o coleguismo à lidar com um grupo eclético onde um fala de menos, outro de mais (como eu palpiteira), onde esteve sempre presente o respeito, a boa vontade e a compreensão, aliás material das aulas.Principalmente meu professor, impossível não gostar dele, que com paciência e amor, nos ensina viver mais felizes e saudáveis. Das aulas, fiquei com o gosto de fazer os exercícios de relacionamento, linguagem corporal e principalmente o aprendizado de me relacionar com o próximo através do olhar, do "pegar" no outro.Sentirei, como já, saudades e devo dizer que só me desligo por ser impossível conciliar horários com minhas atuais atividades. Cauê, a você, preferente a tudo, um enorme abraço e um beijão "olho no olho". Obrigada pelos bons momentos que aí passei, e claro irei ver vocês sempre que puder para matarmos saudades, brincarmos e rirmos.... e conhecer os novos
Vera Maria Vieira da Silva
26 de Março de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

No centro!

Ufa! Até que enfim chegou o o dia do reencontro. 3 meses e 15 dias depois (alguém comentou isso), o grupo se encontrou, reunindo antigos e novos integrantes. A espera por esse momento estava claro nas trocas de comentários e diálogos nos primeiros minutos da atividade. Claro que vieram também as considerações sobre o que foi feito no ano anterior, o prazer de ter feito O Pagador de Promessas, a repercussão na família dessa montagem e o encerramento das atividades no Muvuca, com direito a performance musical do Carlos e Cia.
Festa, alegria, prazer, necessidade, abraços, carinho e muitas idéias e projetos novos a serem realizados. Essa foi, em síntese, a tônica do nosso primeiro encontro.
Mas era preciso conhecer os novos integrantes e ao mesmo tempo também, eles nos conhecerem. Então, o negócio é ir para o centro.
Para quem estava curioso para saber o que viria a ser participar de um grupo de teatro, ao ficar no centro, teve a oportunidade de se colocar num primeiro desafio cênico e assim exercitar sua exposição e ser ouvido, deixando perceber expressões, idéias, postura, fala, jogo e presença cênica (a gente vai falar mais sobre isso, em detalhe). Já os veteranos (e aqui, esse vocábulo só vale pra experiência no grupo, certo?), estavam descolocados, articulados e seguros ao falarem de suas experiências e vivências nos semestres anteriores, bem como o quanto essas atividades lhes foram importante por vários motivos, mas principalmente por realizar o desejo de conhecer e praticar as técnicas de teatro, dança e consciência corporal.
E aí veio a reflexão do que é estar no centro e o jogo cênico. Estar rodeado por pessoas, em exposição e sendo ouvida por todos, é sempre uma atitude protagonista e muito tem a ver com o estar no palco, com o exercício do ator. A vida, o cotidiano, nos dão todos os elementos necessários para esse jogo, cênico. Na verdade, esse jogo só é possivel porque há vida, cotidiano e pessoas, claro. E quando temos a oportunidade de falar e ouvir experiências de vida, desejos, realizações, angústias, alegrias como aquelas colocadas na "roda", pronto, temos aí todos os ingredientes geradores do fazer teatral.
A vida e viver são elementos essenciais para o teatro, mas, como foi comentado depois, pra essa experiência única do ser humano se tornar arte, é preciso registrar seus momentos, fundamentar suas atitudes, dar sentido, e aprofundar pesquisas técnicas e conceituais. Esse vai ser o nosso desafio, ter a experiência da vida e o viver para melhor entendimento e desenvolvimento do fazer artítisco. Vamos a isso!
Uma coisa que ficará para ser respondido depois: intervenções urbanas ou montagem de espetáculo? É, isso vai dar o que discutir.
Por fim, foi um grande prazer ter todos vcs aqui de volta e uma alegria muita grande também ver outros se juntando a nós. O teatro é realmente muito prazeroso.
Bom trabalho para todos.
Cauê Mattos