segunda-feira, 9 de junho de 2008

... e assim se fez o verbo!


03 de junho - Turma B, registrando....
A expectativa para a aula de hoje era grande, pois pela primeira vez usaríamos a palavra. Sim, depois de três meses trabalhando o corpo, a voz, a consciência corporal e a sensibilização dos sentidos, chegou a vez da palavra ser dita e ouvida por todos. Agora que ossos, músculos, órgãos e sentidos foram acordados, colocados em estado de alerta e prontidão, cabe à palavra ocupar seu lugar, completando assim os recursos expressivos que o ator/atriz necessita para a sua atuação no palco. E essa novidade foi recebida com muita atenção e entrega, veja a foto acima. O exemplo que a Vera nos dar aí na foto acima, deixando-se cair de costas para ser amparada por outro, é o estado que se requer de alguém que busca por novas expressões e aceita os caminhos propostos. O novo é sempre um desajuste em algo já estalecido, fixado e conhecido. É um abismo desconhecido e sem manual ou guia de roteiro. É preciso muita coragem, desvencilhamento e confiança para experimentar e descobrir suas novas trilhas. O jogo do dia foi nessa rota, antes de se colocar as palavras nas cenas, todos os participantes se viram em meio a exercícios nunca antes feitos, cheios de obstáculos e dificuldades: individualmente, andar e depois correr de encontro ao grupo com os olhos fechados; passar entre as pessoas (fixas) em zig-zag com os olhos fechados e por último, deixar-se cair de costas para o outro pegar. Ufa, quanta a adrenalina! Mas o resultado... ah, foi tão visível nas cenas trabalhadas no palco. Viver é estar atento.

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