segunda-feira, 25 de agosto de 2008

20 de agosto - a fila anda...


Pérolas aos poucos!
Muitas vezes trabalhamos com recursos, fontes, referências literárias prontas, escritas e definitivas. E isso nos dá uma certa tranquilidade para desenvolver a linguagem artística pretendida, pois, de certa forma, fica mais fácil de conduzir nossa compreensão sobre aquilo que está sendo proposto no texto, havendo aí direcionamento, sugestão. Mas o que dizer de quando a gente busca extrair esse conteúdo de outra linguagem, sem conhecimento prévio nem acordos pré-estabelecidos? Surpresa, prontidão, atenção e muitas descobertas acabam acontecendo e sugerindo uma nova fonte de possibilidades. Foi isso que aconteceu no nosso encontro do dia 20 de agosto; a música do José Miguel Wisnik nos sugerindo, nos suscitando a reconhecer sua "poesis" lânguida e imagética por meio de movimentos corporais novos, inusitados e inéditos. Um jogo de transformação de energias, do físico sonoro para o corpo biológico, com queima de enzimas, calorias e o prazer de construir algo a partir da escuta, da observação. A vida é assim mesmo, cheio de oportunidades e possibilidades de revelação. Só é preciso estar atento, com os canais da percepção abertos e se deleitar do resultado. Ela, a vida, é sempre um estado de chamamento para o qual devemos estar sempre prontos, não é mesmo Malu?
Vendo tudo isso do ponto de vista que me coloco, do ponto de observação no qual estou, sinceramente não sinto que teremos dificuldade de realizar nossas intervenções urbanas. Mas ainda falta mais jogo, vamos trabalhar.
Eu chamei alguns e outros se sentiram chamados para a leitura da peça, a primeira leitura no semestre da peça O Pagador de Promessas. Fluiu fluente as falas e a concentração... É, é preciso paciência para chegar a nossa vez, que no entanto, é a vez de todos. Não há um indivíduo isolado no fazer teatral, somos todos um. Agora aguardo a chegada da quarta-feira para experimentar a pesquisa realizada em casa. Até lá!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

12 de agosto - registrando...


Olá todas e todos!


E aí, como foi a experiência de jogar com os novos integrantes, hein? E o encontro, no palco, entre o pessoal da terça (primeiro semestre) e da quarta feira, rolou? Eu acho que sim. Pois é, com a chegada dos novos integrantes e a fusão das turmas do primero semestre temos agora um belo grupo, com direito até em pensar em duas frentes de trabalho: dar continuidade a montagem do espetáculo O Pagador de Promessas (só quero ver se em três horas por semana vamos conseguir isso. Sei, no entanto, que nos esforçaremos bastante) e fazer intenvenções cênicas em espaços abertos ou em aréas públicas (ruas, praças, prédios etc). No caso desse último, ele se tornou o objeto de desejos de todos, criando uma expectativa muito boa de sair do senso comum do fazer arte com a terceira idade. Só quero ver a cara dos jovens quando a gente estiver em plena praça fazendo nossas performances a lá Ligia Clark e Hélio Oiticica, uau! O trabalho para isso já foi iniciado e experimentamos nesse nosso primeiro encontro de trabalho uma sequência boa de exercício para a prática artística de rua: consciência e foco corporal, atenção ao tema proposto e variação de ritmos nas cenas propostas - normal, rápido e lento. E isso mexeu com muita gente, haja visto o grande número de perguntas feitas posteriormente ao exercícios dados. Bom sinal, por sinal. Gostei do papo, do interesse e da disponibilidade de todos.
Ah, não esqueçam: tragam o texto da peça em estudo, O Pagador de Promessas, ok? Até quarta.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

dia 6 de agosto. Dia do reencontro!

Foi marcante o nosso primeiro. Depois de um mês sem nos falar ou ver, lá estávamos todos juntos novamente como uma grande família, uma cia. de teatro fraterna e amiga. Abraços, risos, olhares brilhantes, expectativa no ar e muita descontração. Para quem já participava do grupo, a vontade de iniciar logo a brincadeira; para quem chegou nesse dia... nem parecia que era o primeiro dia (era?). É, senti vibração, pegada, coragem. Uma roda foi feita, bem fechadinha e um desafio foi lançado: quem ficasse no centro da roda só sairia de lá se realizasse algo que nos agradasse, nos convencesse que mereceria sair. Não foi surpresa pra mim, todos agradaram (e muito) e ninguém permaneceu lá além da sua performance terminar. Agora, é esperar pelo próximo encontro e seguir o nosso caminho, do bem... e do prazer. Antes porém, vamos registrar nesse primeiro dia os nomes e depoimentos do porque fazer teatro:
- Maria Cristina Alves Pereira - "... vontade de permanecer com o conhecimento em assuntos da arte";
- Maria Lúcia Mazetti Beijós - "Sempre gostei de teatro, desde a infância.";
- Fanny Maria Ap. Moro Birello - "A arte pra mim é magia, transcende, eleva.";
- Eva Kopenhagen Feld - " Melhor entendimento da vida pela observação de outras culturas, pessoas, natureza, beleza.";
-Sônia Bícego - "Sempre gostei muito de teatro.";
- Julio Bertola - "Ter alegria e levar alegria.";
- Zélia Paulina Steinberg - " Capacidade de expressão corporal, vocal, visual etc.";
- Jacob Moisés Spiguel - " A arte é a expressão dos sentimentos mais intensos e significativos da alma humana.";
- Jandira Agostini Acarlati - "Um ótimo aprendizado.";
- Vera Maria Vieira da Silva - " É a expressão dos sentimentos, do eu, de forma bela.";
- Esther Alves Martirani - "Sempre foi o meu desejo, mas a oportunidade spo surgiu agora. Antes tarde...";
- Vielda Brugnera - "É o que há de melhor na vida de uma jovem de apenas 88 aninhos.";
- Enny Porto - "Cultura, lazer, paixão.";
- Carmezinda Gomes - " Pretendo realizar os meus ideais.";
- Lygia Pereira - " Ocupar-me com algo que gosto.";
- Neusa Maria Favalli Ferrão - " A Arte é a alegria de viver.";
- Purificación Cabanes Gazulla - "Alimenta o espírito, a mente e endurece a pessoa.";
- Alceu Landim Alabarse - "Quero ocupar-me com atividades preazerosas.";
- Mario Omura - "Ampliação de conhecimentos e aprofundar na arte de representar.";
- Carlos Alberto Rodrigues - "Aprender coisas novas".
É isso... e aquilo. Até quarta.