terça-feira, 27 de maio de 2008

A primeira leitura: uma boa discussão!


21 de maio - Turma A, registrando...
Alguns dias atrás, o Mário Omura criou uma cena a partir da música do Adoniran Barbosa, Trem das Onze, colocando todo o grupo dentro de um imaginário ônibus. Foi muito divertido ver mais de vinte e cinco pessoas, bem juntinhas, cantando e encenando a situação. Essa idéia, formação de um bloco com todos participando de uma mesma situação, foi retomada por nós hoje. Após os rotineiros, mas sempre diferentes, exercícios de consciência corporal, sensibilização dos sentidos, aquecimento vocal e canto, foi solicitado que todas as pessoas subissem ao palco e formassem um bloco, sem deixar espaço algum entre elas. O intuito era muito significativo: ao ter a montagem do espetáculo O Pagador de Promessas como objetivo, temos que pensar coletivamente e não invidualmente. Juntos, cada um contribuindo para o todo, ou seja, várias corpos, fomando um único corpo, várias cabeças, pensando em único objetivo. Compreendido o exercício, fomos à prática. Formado o bloco e após silenciar um pouco a mente e o corpo, cada participante lembrava e falava em voz alta o nome de um personagem do texto. Ao falar, saía do bloco e começava a vivenciar o personagem, observado por quem ainda continuava em formação. Foi maravilhoso ver um a um saindo do bloco, interagindo o seu personagem com os dos outros, sempre com atenção no conteúdo do texto. Várias situação foram cabíveis de registro, como a foto acima: Carmem e Ligia (Zé do Burro e Padre) em uma acirrada discussão sobre religião. Após esse exercício, a grande surpresa do dia: a leitura do texto pelo grupo. E quem é que esquece a primeira leitura, hein? Um momento indescritível e memorável para todos. O texto em mãos, nas cadeiras, no chão e os olhinhos de todos grudados em cada palavra dita/lida, brotando uma profusão de imagens, desejos alcançados. É, como é bom participar disso tudo!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Avançando um pouco mais: trabalho em trios


20 de maio - turma B
O trabalho com a turma B segue o seu curso natural, ou seja, em evolução constante. É muito bom estar acompanhando o desenvolvimento individual e coletivo dessa turma, muito especial. Só para vocês terem uma idéia do que estou falando, o entendimento e prática dos exercícios cênicos estão cada vez mais fáceis de executá-los, facilitando a atenção com o próprio corpo, a percepção e consciência dos movimentos, a resposta do corpo às informações estudas e a troca com o outro. Hoje foi um dia muito especial (como todos são), pois o interesse de todos cresce à medida que mais informações são passadas. E aproveitando essa sintonia, trabalhamos com exercícios de consciência corporal (em roda), aquecimento e desenvolvimento vocal e memorização ( A cobra mordeu Cabral). Depois passamos a manipular as articulações e construir esculturas corporais (lindas, por sinal). Por fim, o exercício em palco, sobre os sentimentos, em trios, e focados na compreensão corporal dos textos. Em resumo, belos desafios que a cada dia se tornam cotidianos, conhecidos e prazerosos em sua realização.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Surpresas do dia-a-dia teatral.

Turma A - 14 de maio.

É, nessa fase de estudo de texto, contextualização da obra, investigação histórica e pesquisa cênica aliada ao universo de possibilidades reflexivas que o fazer teatral expõe, tudo é possivel ou tudo pode acontecer.
Pois é, quando todo mundo estava empolgado com o debate do encontro anterior e a leitura do texto recomendado: A Saga do Héroi, todos foram surpreendidos com a solicitação do texto O Pagador de Promessas. Ué, diziam uns, não vamos falar sobre o leitura feita? Como, diziam outros, as discussões sobre o personagem Zé do Burro não vão continuar? Sim, foi a resposta, mas hoje todas as leituras e sensações das obras lidas serão vivenciadas no corpo, a partir de cenas selecionadas do texto em foco. Xiii... foi um reboliço só. Poucos trouxeram o texto e tivemos que rebolar pra fazer 18 pessoas improvisarem seis cenas (fora a cobrança por parte do coordenador, deixando claro que a partir de agora o texto torna-se parte integrante e inseparável dos nossos encontros). Depois da delicada cobrança, o resultado do encontro foi de pura coragem, flexibilidade e enfretamento. Foi proposto para em trinta minutos estudarmos as cenas e vivenciá-las no palco logo em seguida. Com isso, chegamos a definir alguns personagens e o texto estar deixando de ser algo estranho a todos nós. Vamos conversando...

Olhem essa foto. Hummmm... bom, não?


13 de maio - turma B, registrando...
O toque não é apenas um exercício para massagear o corpo e tonificá-lo, mas o reconhecimento de músculos, ossos e a verificação do grau de entrosamento e integração entre os participantes do grupo. É consciência corporal aliada ao desenvolvimento da qualidade das relações pessoais e coletivas do grupo.
E não foi só isso que aconteceu, não. Além dos exercícios já conhecidos e trabalhados como "Aquecimento vocal", "Troca de nomes e lugares", a Mariana nos fez ficar em roda e aí aplicou o "João Bobo", mais o relaxante "Chuveinho", foi muito bom (... o Moisés e o Paulo perderam essa). Depois, estudo de textos, leituras e experimentações corporais das sensações e entendimentos extraídos dos textos. Que maravilha!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Essa eu não podia deixar de registrar: Moisés no cinema.

Cauê,
A gravação do curta metragem Pereira & Associados, da ECA/USP, terminou hoje, 11/5.
Uma maratona de 4 dias seguidos! Foi cansativo porém muito estimulante e gostoso atuar com uma equipe de jovens entusiastas e competentes.
Anexo foto tirada do personagem em intervalo da filmagem: o "Sr. Pereira" com parte da equipe de filmagem.
Agora é aguardar a montagem e finalização do curta. Apesar da edição completa estar prevista para novembro, prometeram me entregar uma versão para logo, mesmo não definitiva. A edição final deve passar pelos professores das diversas etapas, como enredo, roteiro, direção, iluminação, som, etc. Abços, Moisés.

domingo, 11 de maio de 2008

Nova fase nas turmas e no blog!


Há novas diretrizes e novidades no dia a dia de cada turma no curso. Uma nova etapa na obtenção e percepção das informações transmitidas e pesquisadas. Vira a página e nos vemos sob e sobre novo olhar, novo foco do fazer teatral e do movimento. Os exercícios vão ficando mais elaborados e exigindo mais de cada um. A qualidade no desenho corporal, na textura do relacionamento no palco, na atenção ao que está sendo proposto e executado, na escuta do corpo são, agora, nossa meta, nosso objetivo. No caso da turma B, estamos partindo para a elaboração de cenas livres, a partir de textos elaborados pelos participantes, que nos permitirão chegar a um resultado que contemple todos os nossos exercícios e treinamentos dados.
Já a turma A, está de pé e cabeça mergulhada na pesquisa de contextualização da obra do Dias Gomes, O Pagador de Promessas, que nos levará a compreender o universo ali proposto e o conhecimento necessário para criar as cenas e os personagens.
Assim, atento a esse momento do curso, o blog passará a registrar, em foto e texto, o dia a dia das aulas neste campo de postagem e não mais no lado direito da página (fotos) ou embaixo da mesma (aulas: turma A e turma B), como vinha sendo trabalhado. Vamos a isso!
Turma B , 06 de maio:
Foto do encontro acima (linda, não?). O encontro foi marcado pela análise e depoimentos sobre o espetáculo assistido na semana anterior, O Monocórdio de Pitágoras, ressaltado por todos por sua qualidade e contéudo. Depois retomamos o exercício "Treinamento Ninja", colocando o corpo em contato com o ambiente, objetos e outros corpos. A parte final do encontro nos reservou a alegria e o prazer dos exercícios cênicos sobre os sentimentos: cada aluno/pesquisador buscou ler e compreender no corpo o que cada palavra dizia. Foi lindo demais!
Turma A, 07 de maio:
Uma pena, não foi registrado em foto o momento da roda de discussão sobre o conteúdo e os personagens da obra. Mas a discussão deu o que falar: religião, preconceito, intolerância, oportunismo, cultura, mídia, manipulação de pessoas e fatos... Enfim, três horas que passaram rapidinho. Falamos ainda do herói contido na obra e do ser mítico; semelhanças entre o Zé do Burro e os hérois gregos; de falha trágica e de catarse. Foi tanto papo bom que ficamos de ler o artigo A Saga do Herói, do livro O Poder do Mito, e discutí-lo no nosso próximo encontro. Não vejo a hora de chegar quarta-feira. Até lá.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Olha só quem apareceu: Severino!


Pitáááááágoras!
Esse foi o grito dado no teatro Ernst W. Hamburger no dia 29 de abril para um grupo atento e alegre do projeto Só com Experiência. O grito faz parte do espetáculo O Monocórdio de Pitágoras, que funde música e matemática numa divertida história de cordel, contada pelo violeiro Severino, um cantador nordestino apaixonado pela história de Pitágoras. Acompanhado de sua inseparável amiga Pafúncia, a violinha mais desenxabida do nordeste, Severino contou como matematicamente Pitágoras chegou a deduzir as escalas musicais conhecidas por nós, hoje.
Não foi só o grito que chamou a atenção mas toda a encenação: figurino, canto, interpretação e claro, conteúdo do espetáculo. Parabéns a Cia. Fábula da Fíbula pelo lindo espetáculo e a todos que acompanharam a história de Severino e sua violinha Pafúncia.